segunda-feira, agosto 29, 2005

Good, good, good... Good vibrations!

Eu realmente me diverti muito no final de semana! Juro! Acordei com uma britadeira na cabeça numa segunda-feira e mesmo assim fui à aula.

Na faculdade eu fui "obrigado" a escrever um diálogo que não será interpretado por mim (que chato...hehehe!). Depois eu passo uma aula inteira sem sair da sala para fumar porque o assunto realmente me interessa.

Voltando para casa eu acho uma nota de 5 reais na calçada...

Quais as chances de uma entregadora de pizzas ninfomaníaca entregar um pedido errado (meia quatro queijos, meia mussarela de búfala e tomate seco) na minha casa ainda esta semana?

Se algo realmente muito ruim não me acontecer em 48 horas de onde vou tirar inspiração para escrever... não quero ser um autor de auto-ajuda!

quinta-feira, agosto 25, 2005

Black Sabbath - Paranoid

Finished with my woman
'Cause she couldn't help me with my mind
People think I'm insane
Because I am frowning all the time

All day long I think of things
But nothing seems to satisfy
Think I'll lose my mind
If I don't find something to pacify

Can you help me
Occupy my brain?
Oh yeah

I need someone to show me
The things in life that I can't find
I can't see the things that make true happiness
I must be blind

Make a joke and I will sigh
And you will laugh and I will cry
Happiness I cannot feel
And love to me us so unreal

And so as you hear these words
Telling you now of my state
I tell you to enjoy life
I wish I could but it's too late

quarta-feira, agosto 17, 2005

Porque homens são de Ramones e mulheres são de The Clash

Ramones foi a primeira banda punk. Tá bem, Malcolm Mc’laren trabalhou melhor a estética do movimento com o Sex Pistols, mas a primeira banda a proliferar o “três acordes” foi o Ramones. Um som retão, sem muita firula, simples e direto. As letras são estúpidas e por isso mesmo são boas. O negócio não era fazer um retrato complexo da psique do homem na pós-modernidade e a convergência disto tudo no espaço ocupado por uma azeitona em uma empada. Era simplesmente reclamar de ter que ir a aula, de não poder sair, de se viver na casa dos pais e de não se ter uma namorada.

The Clash é uma banda com um pouco mais de sofisticação. Eles se deram à ousadia de ter influências mais sincréticas. Transaram com o dub e até com o reggae. Botaram um conteúdo político, um estilo maior e até uma modestíssima dose de lirismo. Eles fizeram “Train in vain” e o mais próximo disso que o Ramones fez foi “I wanna be your boyfriend”.

Getting to the point...

Imagine que você conheça uma garota extremamente interessante e pense “Wow!”. Você se encontra basicamente afim dela e essas coisas. Imagine que ela seja uma garota que esteja na mesma sala que uma de suas aulas ou numa festa. Whatever! A garota está lá e você sente a necessidade de fazer um contato mínimo com ela.

Daí você a aponta e fala para o seu amigo que você está pensando em “chegar junto”. O que ele fala para você? “Chega lá!”. Basicamente é isso com algumas variações. Agora vamos pensar: o “chegar lá” vai do papinho pseudo-despretensioso até a cantada de caminhoneiro. “Chegar lá” é uma resposta válida, claro! Mas não é uma coisa assim... precisa.

Digamos que você faça a mesma coisa com uma amiga. A primeira coisa que ela vai fazer é uma série de perguntas que vão desde o “Você conhece ela?” até a mais obscura idiossincrasia que a garota possa apresentar. Sua amiga vai ao menos tentar tirar da sua boca um extenso relatório sobre a garota e se possível ela própria vai observa-la mais de perto. Quando ela tiver com tudo pronto ela vai virar para você e te entregar um diagnóstico completo. Do que dizer até (se bobear e tudo der certo) para que lugar você deve convidar a garota.

E é por estas e muitas outras que a coisa é mais ou menos assim: homens são de Ramones, mulheres são de The Clash. Sexismos completamente à parte.

PS.: Ainda existem as mulheres que estão mais para o King Crimson. Estas mulheres costumam ser muito mais intrincadas do que a grande maioria. Tal como o grupo praticamente pai do rock progressivo (uma vez que dele surgiram grandes expoentes do gênero) são cheias de viradas e mudanças de andamento. Nunca se pode prever o próximo compasso e são subjetivas demais. Mas isso é coisa para se discutir mais a fundo e eu tô com preguiça...

quarta-feira, agosto 10, 2005

Esses pequenos prazeres da vida desregrada...

Não há nada como o cigarro após a doação de sangue!

quarta-feira, agosto 03, 2005

Berserker/Pipe down
Trail of dead - Clair de Lune

E de repente você pisca os olhos e tudo mudou! Tudo mudou! Você não perdeu o equilíbrio e nem está mareado. Im Gegenteil, mein freund! Como se estivesse descendo o final de uma ladeira a velocidade começa a diminuir e tudo está mais estável! Estranhamente estável...

O primeiro impulso foi inexplicável. Você nem estava com os olhos fechados e nem se preocupou em cerrá-los. Talvez seja seu apetite pelo "vai dar errado". Ou sua falta de noção tão própria. A velocidade era muito rápida e o ar frio assoviava no seu ouvido avisando que a qualquer momento você teria de se esquivar de algo.

Esquivar? Humpt! Tá brincando? Que venga! De alguma maneira bizarra você se torna mais maleável e mais rígido ao mesmo tempo. Tudo parece estar em camêra lenta e você prevê tudo o que vem pela frente. O sangue flui normalmente e você não sente nenhuma palpitação. Seus movimentos são friamente calculados e seus olhos focam todos os pontos necessários.

Concentração? Caos é o seu combustível. As coisas vêm de repente e você as leva da maneira mais ágil possível.

Mas como? Você era aquele moleque estabanado e sem jeito! Vê-lo em ação era tão divertido como assistir as video-cassetadas. Era estúpido, desesperado e infantil.

Agora seus olhos sempre estão semi-cerrados e suas mãos nunca ficam à mostra. O que você tem aí? Qual o próximo movimento? Qual a próxima carta? A próxima bola na caçapa? Aonde você aprendeu a jogar? Com quem?

Você não sabe... porque se soubesse... seria uma queda certa! E nós não queremos isto. Queremos?

O que você vai fazer agora que você tem tudo nas mãos? Você acha que você ganhou, mas é agora que você tem o que perder. E é aí que você se dá mal, não é?

Agora que você é o dono da bola é que é a hora do drible. Você está bem longe do gol! Longe demais para poder pular e socar o ar. Perto demais para agachar-se e esconder o rosto!

Agora você tem que respirar fundo e continuar. Tudo é de mentira nesse seu mundinho e você não vai levar nada dele. Você já notou isto, não?

Pelo menos sua acidez não é fruto de afetação. De onde vem esta sua vontade de quebrar? De pegar as coisas entre os dentes e triturar em uma só mordida? Pisar nos cacos e procurar mais um alvo fácil? Você se morde. Quando? Quando não tem o que morder? Quando se recolhe em sua toca do vento frio e tudo lá fora parece ameaçador. Mais ameaçador do que seus caninos, que seu pulso firme.

Tudo está maior lá fora. Saia da boite e vá ver. Existe um mundo lá fora. E um dia a noite vai acabar. E quando acabar, você vai querer estar nela ainda? Acho que não...