domingo, novembro 30, 2003

"Longview"

Olha o que a vadiagem domingueira nos permite criar...

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Clique no meio das setas e veja o tamaaaaaanho da minha vadiagem...

sábado, novembro 29, 2003

"I'm a man of wealth and taste..."

Hoje eu fui a um showzinho de Rap/Hip-Hop. Coisa bem nua e crua. Pessoas de fato da "peri" (não os "gangsta posers" de sempre!) pegando o microfone e falando o que eles têm para falar. E o que eles tem para falar: a condição desgraçada em que eles são criados, as necessidades que ele têm, a sedução das drogas e do crime e as tragédias conseqüentes dessas alternativas (as mais comôdas às vezes e a mais plausíveis geralmente)...

O palco era uma pilha de ripas de madeira ajeitadas pelo próprio pessoal do CEU (Casa do Estudante Universitário, local onde rolou o show). O CEU é composto por 2 prédios de 2 andares que abriga os estudantes da UnB que são de baixa renda. O ambiente transpira funcionalidade, lá só se encontra o mínimo e necessário... mas para muitos que moram no CEU esse mínimo é quase extraordinário. É realmente interessante de um certo ponto de vista, jovens da periferia cantando as "treta" da vida bandida em um lugar que é símbolo de uma segunda alternativa (essa muito mais penosa mais muito mais proveitosa)...

Nesse ambiente de consciência social e política... de fraternidade de certa forma... que me vem um pensamento na cabeça: Eu realmente quero aproveitar todas as regalias da civilização ocidental, da água encanada ao caviar!

Sim, eu quero conforto! Quero almoçar em bons restaurantes, quero ter os meus livros e discos favoritos e quero ter um carro que eu adore! Quero uma casa aconchegante e bonita! Quero ter quadros, tapetes, móveis... tudo do jeito que eu gosto! Quero conhecer todas as cidades que eu já cansei de saber sobre! Quero conhecer lugares interessantes! Quero viajar uma vez ao ano (pelo menos) para algum lugar que eu queira conhecer! Quero jantar sushi com vinho em casa com meus amigos! Quero entender de vinhos (bons!), de whiskys (bons!) e de cervejas (boas!)! Quero ter meu loft no East Village, meu apartamento em Paris e minha casa de praia em Ubatuba...

"Nossa! Você é um ser consumista que vive para ostentar!" Sim, eu sou um ser consumista. Mas isso não quer dizer que eu almoce em restaurantes por serem caros, leia e ouça aquilo que uma revista semanal me diz ser bom! Nem que eu tenha uma casa montada por algum decorador "caréééézimo" e uma pá de quadros caros sem saber o que eles são de verdade! Não quero viajar para tirar fotos e ficar mostrando os slides para meus conhecidos "morreeeeeeeerem de inveja"! Não quero esbanjar a conta do restaurante para os meus amigos só para verem o valor de um Blue Label (mesmo porque eu prefiro bourbon a scotch). Não quero ter meus imóveis para serem mostrados em revista de "Chiques e famosos"!

"Nossa! Mas isso são coisas momentâneas e passageiras! Que tipo de vida você quer levar?" Eu quero a melhor vida que eu possa pagar! E o que é a vida senão uma sucessão de momentos? E sendo assim, por que não viver os melhores momentos! "Nossa! Você é fútil!" Não sou fútil, sou alguém que têm ambições maiores do que um trabalho de 8 às 18 e uma casa própria!

É isso o que dá quando pessoas de bom gosto nascem sem dinheiro. Elas são obrigadas a ver as pessoas erradas gastarem dinheiro de maneira errada! Não existe nada mais "espírito-de-pobre" do que ostentação! Ostentação nada mais é do que o reflexo da baixa auto-estima de uma pessoa que tem dinheiro mas não tem classe ou bom gosto. Pessoas deveriam perceber que quando se ganha dinheiro ganha-se para si mesmo, não para os outros.

"Você sabe que você está fazendo apologia a um sistema capitalista voraz fundado num quadro de consumismo e frustração!" Sim! E eu espero que continue assim... meu emprego dependerá disso...

domingo, novembro 23, 2003

"O bom e velho rock'n'roll"

Tá certo que o Noise passou faz tempo... e que a poeira já baixou... e que ninguém fala mais do festival. E é por isso mesmo que eu resolvi depois de quase um mês falar do Noise (Mentira! Eu não falei antes por preguiça mesmo!)...

O IX Goiânia Noise Festival aconteceu no começo desse mês no Jóquei Clube de Goiânia. Foram três dias de shows que realmente valeram os reais gastos nos ingressos. Tudo bem que não houve nenhuma banda que fosse uma grande novidade em GYN, a maioria das bandas já haviam tocado na cidade. A qualidade geral das bandas estava muito boa, boa suficientemente para fazer deste pequeno detalhe um mero dado estatístico talvez. A infraestrutura do festival passou para um nível além daquele que estávamos acostumados.

Essa melhora na infraestrutura é muitas vezes vista como um pomo da discórdia. Estaria o Noise se comercializando, até chegarmos ao nível de haverem convites VIP's, camarotes e essas coisas típicas de micarê? Até que ponto essa melhora pode não só tornar o Noise mais comercial, bem como tirar o aspecto independente do festival?

As lembranças dos diversos Noise's realizados no Martim Cerere, no Cine Santa Maria ou na E.T.F.G. (atual CEFET) são realmente legais. Tempo que organizar show em Goiânia era chamar as bandas, comprar birita, panfletar e no máximo fazer cartazes (lembrar desse tempo faz com que o ar cheire a pingorante e catuaba). O festival era feita de maneira semi-toska, a maioria das bandas era da cidade e não sei quantas pessoas foram para os festivais dessa época sem ter idéia das bandas que iriam tocar. Era completamente "Teenage fun"... Em um tempo em que metade da cidade ia na Pecuária enquanto a outra ia para o CarnaGoiânia...

Mas passaram-se 9 anos desde o primeiro Noise (4 desde o primeiro que eu fui), e em 9 anos as coisas crescem. Pouco menos da metade das bandas que tocaram nesse festival eram da cidade. A dimensão do lugar e o público fez com que a frase "A gente se encontra no Noise!" se tornasse quase uma impossibilidade. O primeiro dia de Noise teve uma quantidade considerável de pessoas que não se vê nos showzinhos que rolam durante o ano, pessoas que foram para um festival de música independente como se fossem para uma "balada" (argh!). Esse imprevistos eram praticamente previsíveis (e em parte até recorrentes de edições mais recentes, mas desta vez em dimensões maiores) e podem ser vistos como mera "frescura". Mas essa "frescura" não parte de qualquer grupo de pessoas, parte das pessoas que vão aos showzinhos que rolam o ano inteiro na cidade e das pessoas que viram o Noise crescer. Essa "frescura" não é só fruto do mero incomôdo de não ter encontrado todos os seus amigos que foram ao Noise, nem da aporrinhação de dar de cara com aquele playboy nojento que você tem que aturar todo dia no seu trabalho ou na faculdade... essa "frescura" é fruto da nostalgia do "bom e velho Noise"...

Esse IX Noise Festival pode ser visto como um divisor de águas. uma espécie de "o bom e velho Noise se foi!". O Noise ganhou tamanho, qualidade e principalmente credibilidade. Essa edição do Noise fez (ainda mais) o filme de Goiânia no meio underground e deu uma projeção considerável para a cena goiana. É um festival desse que chama a cada edição mais e melhores bandas.

Goiânia Rock City não é um lema pretencioso (como alguns falam aqui de dentro do quadradinho)! Quantas cidades possuem um festival do porte do Noise ou da Bananada sem um patrocínio considerável (TIM fest e BMF por exemplo)? As coisas crescem e resistir a isso é algo normal. Se o festival vai se tornar uma versão rock'n'roll do CarnaGoiânia? Acho que as pessoas são naturalmente sensatas e não tirariam todo o tempero outsider que o Noise possui (afinal de contas, em essência esse é o seu maior atraente). Não é sobre "lutar contra o sistema" ou algo do tipo... é sobre rock'n'roll!

O dia em que bandas consideráveis do meio independente tocarem em Goiânia no Noise, ainda lembraremos de todo pingorante gasto até chegar a esse ponto e o fato de o festival estar cheio de pessoas "nada haver" será uma pequena apurrinhação...

sábado, novembro 22, 2003

"Please allow me to introduce myself..."

"Os demônios estão aí para nos tentar, irmãos. Eles usam as mais ardilosas armadilhas para nos seduzir e nos corromper. O mal está a solta nesse mundo e ele nos cerca por todos lados. Irmãos, olhai-vos a TV e a mídia... em cada grande empresa de comunicação existe um demônio..." - Trecho de um sermão de um pastor evangélico em um programa televisivo



Em uma típica manhã de sábado, eu voltava para casa quando parei em uma banca para comprar uma revista. A banca fica na minha quadra e já sou freguês assíduo, sempre fui muito bem tratado (mesmo naquele sábado, quando eu estava com o cabelo extremamente despenteado graças a umas poucas horas de sono no sofá da casa de uma amiga e com uma ressaca estampada na minha cara). Entrei na banca e comecei a procurar a revista que eu queria, quando eu comecei a escutar um programa de pregação na pequena TV que a senhora possuia dentro da banca.

Sem ofensa nenhuma, mas o programa me pareceu bem engraçado. O pregador falava mais sobre "demônios e entidades malignas" do que sobre os ensinamentos da Bíblia ou a liturgia em geral. A variedade de demônios que este citou só não barra a variedade de erros de concordância nominal (leia-se "plural e singular") na sua pregação. Mas com certeza o que mais me deixou extasiado foi a citação acima.

Lúcifer, Satan, Cramunhão, Pé-de-bode, Capeta, Diabo, Belzebú... e agora... PATRÃO! Essa é boa... como a gente manda um rascunho, um memorando ou um simples bilhete para um chefe desses? Como é que fica a questão do salário? Eu não quero receber meu salário em almas... Não dá para comprar coisas com almas nesse lado da existência. Já pensou em fazer um cheque com o valor de "Nove almas puras e cinqüenta penitentes"? Acho que empresas normais não aceitariam... a não ser a Microsoft talvez...

Precisamos satisfazer então as necessidades do nosso maior empregador já que o curso de Comunicação Social não oferece qualificação necessária para tal. Sugiro que sejam inseridas matérias como "Heresia I", "Introdução à corrupção", "Satanismo Geral" ou "Culto Satânico Experimental". Quantos alunos de Comunicação Social são iniciados em alguma seita demoníaca? Acho que são raros aqueles que já pensam no seu futuro...

O que me intriga é como se daria na verdade o funcionamento das grandes empresas de comunicação, uma vez que elas são dirigidas por indivíduos que possuem uma mesma diretriz. Seriam as empresas de comunicação um conglomerado de empresas consorciadas em função única e exclusivamente da perversão e corrupção da humanidade. Será que se lermos com atenção todos os créditos (quem lê aquilo?) de programas ou filmes notaremos coisas como "666" ou "another satanic production released by Hell Inc."?

Quantas coisas horrendas que assolaram a humanidade não foram impulsionadas pela mídia em prol da causa cramuhônica? Acontecimentos brutais sem explicação que chocaram a humanidade. Desde o III Reich até os programas de domingo... todos eles... obras da manipulação maligna da mão negra...

Trabalhar em comunicação pode ser mais delicado do que se pensa. Ou você serve uma entidade que tem como objetivo a decadência humana (o que de todo não é tão difícil... são anos no mercado... e o público-alvo parece até um tanto simpático...)... ou segue os seus princípios religiosos e espirituais rumo à iluminação (e ao cheque-especial, ao CERASA, à casa dos pais...)...

sexta-feira, novembro 21, 2003

Sim! SIm! SIM!

Depois de mais de 2 meses fora do ar devido a causas que não convém serem levantadas aqui... o "Putz... Morri!" volta à ativa!

Nesses 2 meses as forças de Murphy (esse verme insolente!) conspiraram contra este blog bem como contra seu escritor-editor-redator-revisor-porteiro-estagiário... Tudo que pode dar errado deu... e o que não podia também! Trabalhos, seminários, fichamentos, resenhas e o escambau... o mundo parecia acabar em trabalho para a faculdade!

Foi nesse lapso de 2 meses que o "Putz... Morri!" completou 1 ano de existência... O que mudou de lá para cá? O endereço e o meu nick... hehehe! Mas aqui estão as FAQ's que chegaram a mim por email, telefone ou pessoalmente:

1."Marcus, seu babaca! Por que o nome dessa coisa é 'Putz... Morri!'?"

Bem... tudo começou quando eu pensava em montar um blog... O nome estava entre "Dyin' Dayz" (que coisa mais "quero ser junkie!") e "I talk to the wind..." (que coisa mais hipponga mané!)... Eu mesmo não gostava taaaaanto desses nomes... foi quando eu sentei no computador para jogar Super Mario World (em um emulador de SNES), enquanto eu ouvia Nirvana... Foi quando eu precisei ir até o meu quarto para pegar algo... Quando voltei eu vi o meu computador com uma tela de Mario, a caixa do Nevermind, a TV sintonizada na MTV e uma das minhas 200 camisas de flanela (xadrez, claro!)...

É uma imagem bem corriqueira... bem rotineira na verdade! Mas quando ví aquilo... eu me ví com 20 anos fazendo as coisas que eu fazia com 15 anos... E é bem verdade... eu acho que eu não mudei muita coisa dos 15 anos para cá (não eu não tenho certos hábitos de moleques de 15 anos...)... Olhei para mim mesmo e para minha playlist no meu computador e descobri que eu morri em algum ponto da década de 90... Eu sou o último grunge... o último dos flanelados...

Pode parecer comicamente triste isso... mas eu não acho... pelo menos eu não fui vítima de hypes como clubbers, nu-metal ou o recente hype indie... Nem fui vítima do estúpido revival da década de 80... Hehehe! Se danaram...

2."Por que você mudou o endereço?"

Por dois motivos... o primeiro é que o blogspot permite que eu não precise me preocupar com FTP e coisas assim... o outro é que a HPG está remando contra a maré e resolveu restringir os uploads para conexões feitas através do IG...

3."Por que você mudou o seu nick?"

Na verdade eu não mudei o meu nick... é só porque eu já tinha a conta Even_Darker no blogspot... eu não via utilidade em montar uma conta com o username Dark_Paladin (mesmo porque com certeza já deve ter...)...

Se bem que Dark_Paladin e Even_Darker são muito diferentes... e dependem do meu humor para escreverem... heheheh!

4."E o 'Peçonha'? Que coisa é aquela?"

O "Peçonha" é um blog escrito inicialmente por mim, a Lee, a e a Liris. Muitos encaram o Peçonha como um antro de pessoas maléficas que procuram denegrir a imagem de pessoas públicas e outras coisas... Isso não é verdade! O Peçonha é um antro de pessoas desocupadas e sarcásticas que procuram única e exclusivamente difundir uma idéia: a de que nada é tão sagrado para não ser achacrado! Se as pessoas possuem um QI de ameba ou o ego de um avathar e não podem lidar com isso, DANE-SE! Liberdade de expressão é você poder falar exatamente aquilo que as pessoas não querem ouvir!

5."Afinal... você é goiano, candango ou paulista?"

Eu sou algo em algum ponto entre os três... o que não quer dizer que eu seja mineiro... hehehe!

E está aí a solução de todos os mistérios desse blog...