não se explique
Era uma garota normal, beirando o ordinário. Mas naquele jantar em meio às jornalistas de cultura, produtoras musicais, cenógrafas de teatro e pintoras naïf ela se destacava de maneira surreal.
Quem era? Amiga de quem? Alguém estava pegando? Ela andava alheia de grupo em grupo. Quem era o dono da casa? Seria filha dele? Seria a mulher dele? Seria a companheira de alguma cantora de bar? Quem era?
O vestido era simples, mas a maquiagem era carregada. Seria uma garota de programa? A troco de quê? Garotas de programa também saem para se divertir. Mesmo quando não são pagas para isso. E quem garante que elas são pagas para se divertir. E quem garante que elas se divertem. Sem digreções. Ela não é uma garota de programa.
O jeito tímido dela abordar os garçons quando eles passam com os canapés ou com as taças de champagne me deixa mais curioso. Ela não é desse mundo. Não vamos ter uma conversa excitante sobre cinema iraniano. Isso me deixa aliviado.
Quem é ela? Vou tentar falar com ela...
"Meu nome é Giselaine..."
E começamos a conversar...
Ela conversa emendando uma palavra na outra. Seu jeito de falar é meio brusco. A cada frase ela toma o ar com a boca e continua com um “é por’quê”, “intão”.
Eu ouviria os piores erros de português vindos daquela boca...
sábado, setembro 22, 2007
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3 comentários:
haha...q fofo!
q gracinha, pãozinho da mamãe...
Vira homem!!! hehe
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